Todos pela Capoeira

Todos pela Capoeira
Capoeira Arte e Luta Brasileira

terça-feira, 29 de setembro de 2015

A capoeira nasceu da vontade de libertação de um povo sofrido, mas com muito orgulho de suas origens que, mesmo longe de sua terra natal, conseguiu, a través dos anos, preservar seus rituais, tradições e existência cultural.
Junto com as necessidades e conhecimentos que adquiriram na nova terra, criaram movimentos de ataque e defesa, junto à destreza que já existia dentro de sua existência. Desta forma, conseguiam aperfeiçoar seus movimentos, camuflando-os dos senhores de escravos e capatazes até o momento em que se rebelavam.
A Capoeira é de origem Brasileira ou Africana? Este é um assunto polêmico no panorama da capoeiragem. Existem correntes que afirmam ser genuinamente Brasileira, criada em torno de 1600 pelos escravos originários da Angola. A mistura bem sucedida de luta, dança e rituais diversos deram origem ao que hoje conhecemos como capoeira.
Outros estudiosos defendem a sua origem como sendo na África; pois, existem danças semelhantes à capoeira como a Baçula, Camangula, N´golo (danças da zebras) entre outras. Mas esta simples afirmação não se torna um embasamento completo para se determinar que a capoeira é africana. O fato originário destas questões polêmica foi a incineração de todos os documentos relativos ao período da escravidão pelo então ministro das finanças Ruy Barbosa por volta de 1890.
A questão da origem da capoeira ao que tudo indica já está resolvida. É tida como uma manifestação cultural genuinamente brasileira, apesar de suas raízes serem de origem africana. A história da capoeira se confunde com a própria origem, independente de onde ela tenha nascido, a capoeira tornou-se uma cultura difundida entre os escravos da época, tão forte que foi capaz de servir com forma de libertação. Os negros precisavam ofuscar aos olhos dos senhores de engenho de que aquilo que praticavam não era propriamente uma luta, e sim uma manifestação de dança e rituais referente a sua cultura. Para tal, uniram aos golpes, música, ginga, malícia e toda mandinga daquele povo sofredor.
A capoeira foi de grande valia na fuga dos negros para os quilombos. Os capatazes e capitães-do-mato, na tentativa de capturá-los entravam na mata e eram surpreendidos por emboscadas dos negros capoeiristas. Além de servir com arma nas fugas, a capoeira serviu também para tentar proteger os quilombos quando os capitães-do-mato descobriam a sua localização.
Com a assinatura da Lei Áurea pela Princesa Isabel em 1888, os negros tornaram-se livres. Porém, como é de conhecimento, isto não aconteceu na prática; este povo ainda permanecia escravizado através da falta de empregos, de oportunidades, de moradia, de mínimas condições de sobrevivência. Sendo assim, os negros marginalizados passaram a utilizar a capoeira como arma para saquear, roubar e tentar sobreviver a um sistema de discriminação.
Os capoeiristas eram vistos como vadios e delinqüentes, desta forma, começou o processo de degradação da imagem da capoeira, sendo por vezes cultuada erroneamente até os dias de hoje.
Ganga Zumba
Ganga Zumba foi o primeiro líder do Quilombo dos Palmares, ou Janga Angolana, no atual estado de Alagoas, Brasil. Zumba era um escravo que escapou do cativeiro nos canaviais e assumiu uma posição como herdeiro do reino de Palmares e o título de Ganga Zumba. Apesar de alguns documentos portugueses lhe darem este nome e o traduzirem como “Grande Senhor”, ele provavelmente não está correto. Entretanto, uma carta endereçada a ele pelo governador de Pernambuco em 1678, que se encontra hoje nos Arquivos da Universidade de Coimbra, chama-o de Ganazumba, que é a melhor tradução de Grande Lorde (em Kimbundu), e portanto o seu nome correto.
Os quilombos ou mocambos eram refúgios de escravos foragidos, principalmente de origem angolana (Angola), que se refugiavam no interior do Brasil, principalmente na região montanhosa de Pernambuco. À medida que seu número foi crescendo, eles formaram assentamentos chamados de “mocambos”. Gradualmente diversos mocambos se juntaram no chamado Quilombo dos Palmares, ou Janga Angolana, sobre o comando do Rei Ganga Zumba ou Ganazumba, que talvez tenha sido eleito pelos lideres dos mocambos que formavam Palmares. Ganga Zumba, que governava a maior das vilas, Cerro dos Macacos, presidia o conselho de chefes dos mocambos e era considerado o Rei de Palmares. Os outros 9 assentamentos eram comandados por irmãos, filhos ou sobrinhos de Gunga Zumba. Zumbi dos Palmares era chefe de uma das comunidades e seu irmão Andalaquituche comandava outra.
Por volta dos anos de 1670 Ganga Zumba tinha um palácio, três esposas, guardas, ministros e súditos devotos no “castelo” real chamado “Macaco” em homenagem ao animal que havia sido morto no local. O complexo do castelo era formado por 1.500 casas que abrigavam sua família, guardas e oficiais que faziam parte de nobreza. Ele recebia o respeito de um Monarca e as honras de um Lorde.
Em 1678, Ganga Zumba aceitou um tratado de paz oferecido pelo Governador Português de Pernambuco, o qual requeria que os habitantes de Palmares se mudassem para o Vale do Cucau. O tratado foi desafiado por Zumbi, um dos sobrinhos de Ganga Zumba, que se revoltou contra ele. Na confusão que se seguiu Ganga Zumba foi envenenado, muito provavelmente por um dos seus, por fazer um tratado com os portugueses. Os que se mudaram para o Vale do Cucau foram reescravizados pelos Portugueses. A resistência aos Portugueses continuou com Zumbi.

"A capoeira é como um livro, muitos podem ler,

mas...poucos podem entender!!!"

ZUMBI dos PALMARES

“QUEM NASCEU PARA SER GUERREIRO
NÃO ACEITA O CATIVEIRO
LUTA PARA SER LIVRE
COM A FORÇA DE UM EXÉRCITO INTEIRO”

Auetu! A Capoeira Angola No Fio Da Navalha

https://youtu.be/DcqTrD5hUUo

Mestres Eduardo NEGÃO E PIABA divulgando o projeto todos somos um no aulão feminino.
Mulheres,
Vocês deram um verdadeiro SHOW!!!!!!
(Evento 1º Aulão Feminino Raízes de Mulher)