Todos pela Capoeira

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Capoeira Arte e Luta Brasileira

quinta-feira, 27 de agosto de 2015



DISCUSSÃO SOBRE A PROFISSIONALIZAÇÃO DA CAPOEIRA
 Muito se tem falado, quanto a regulamentação profissional da Capoeira. A proposta não é unanimidade no meio capoeirístico e desencadeia muitas discussões. Uma parte alega que a profissionalização apresentada pela PL 031/2009, não contempla a Capoeira em seu todo, reduz a Capoeira, ao esporte, e poderá excluir os Mestres formados por uma tradição cultural, que conquistam o Título de Mestre, por reconhecimento popular. Outra parte acredita que a profissionalização da Capoeira trará benefícios ao Mestre, ou seja, as garantias da profissionalização. O que não e verdade. A profissionalização não garantirá aumento dos postos de trabalhos, ao contrário, locais onde hoje se tem espaço para o ensino poderão deixar de existir. Ao contratar um capoeirista, esses locais deverão arcar com as despesas desse contrato de trabalho, que corrói a classe empresarial. Muitos pequenos proprietários de colégios particulares e academias de ginásticas que fazem parcerias entre os capoeiristas através de um percentual da mensalidade, vão deixar de contratar. A lei já garante aos capoeiristas as mesmas vantagens e direitos que os demais profissionais. Muitos capoeiristas têm em suas carteiras de trabalho o registro de Professor de Capoeira. Além de não trazer garantias de melhorias nas condições de trabalho, a profissionalização vai instituir dois pontos a serem pensados: 1) O profissional de Capoeira, deverá estar registrado em uma entidade de classe, um sindicato, no caso dos profissionais do esporte Capoeira, á Confederação Brasileira de Capoeira, que poderá definir, como foi feito em 1999, que o capoeirista detenha o título de bacharel em Educação Física para poder atuar, e nos remeterá novamente ao sistema CREF / CONFEF, que não é de interesse geral; e 2) Enquanto profissional, para que o capoeirista tenha acesso ao mercado, deverá ter qualificação exigida, que será fornecida por alguma entidade. Mais uma vez nos veremos nas mãos de uma entidade de administração sem teremos a certeza de quem será o administrador. Uma coisa é certa, temos que estar unidos, independente de bandeiras e estilos para podermos lutar contra quaisquer tipo de propostas impositivas de engessamento da Capoeira.

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